Focando a comunidade cristã, as coisas não são mais simples, hajam vistas as propostas multifacetadas de cristianismo que culminam na produção de uma fé de consumo, e, em assim sendo, provoca uma inversão de valores onde o sagrado é profanado e o profano é sacralizado. Igrejas para todos os gostos, como se fossem fast-foods da fé oferecendo “cultos” a gosto de sua clientela. Em vez de cristãos serem sal da terra e luz do mundo cultivam o hábito de flertar com o pecado querendo levar para dentro das Igrejas, e muitas vezes levando, as trevas e a sensaboria.
A espiritualidade cristã, portanto, tem deixado de ser cristocêntrica para uma proposta antropocêntrica na qual o ser humano busca qualquer coisa que lhe proporcione uma sensação de tranqüilidade, ainda que fugaz, como se um torpor espiritual que possa mascarar sua apatia moral.
De fato, a espiritualidade cristã precisa resgatar seus verdadeiros valores e voltar a ser uma atividade centrada em Cristo e que as atividades espirituais sejam, verdadeiramente, movidas pelo Espírito Santo nos conduzindo ao Pai.
“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
O axioma inexorável da espiritualidade cristã deve ser o louvor da glória de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário