A nossa mente necessita de um exercício diário, com a palavra de Deus para que seja continuamente conservada nela a impressão da vontade de Deus e assim em nossa vida.
Não agradamos a Deus apenas em fazer o que Ele ordena, precisamos estar atento ao "como fazer". Nossa obediência deve ser completa, um ato de fé, de coração, não é como queremos e sim conforme a vontade e propósitos de Deus.
Amar a Deus vai além de atos mecânicos que costumeiramente possamos fazer, tornando-se mero ritual. Temos que estar atento à verdadeira motivação de nossos atos e ao conseguimento dos objetivos de nossa vida segundo a vontade de Deus.
Se Deus é soberano em minha vida não posso agir furtivamente, tampouco por livre recreação de meu enganoso coração, ao invés preciso lembrar que na condição de servo não me é cabida contestação nem vontade própria e sim a de meu Senhor. Não posso me deleitar no que Ele abomina.
Devemos lembrar sempre do grande preço pago por Cristo, na Cruz, levando sobre si as nossas dores e de que o Espírito Santo habita em nós. A carne tenta sempre nos fazer inanido, mas o Senhor quer-nos fortes.
Andar alijado de Deus seria como nos vermos num cenário como se fôssemos peixes atraídos por iscas.[1] A carnalidade cega o nosso entendimento ao ponto de assim nos comportarmos, nos deixando seduzir pelo aparentemente belo e agradável ou ainda o mais fácil e comum.
Grande é o conselho de Salomão em Pv 4.23. Devemos guardar nosso coração, protegendo-o de tudo que não agrada ao Senhor para que nos deleitemos nEle.
Nossos olhos devem estar, a todo tempo, fitos na cruz de Cristo e toda a nossa alegria no Senhor, assim estaremos fazendo verdadeiramente o que as Sagradas escrituras nos ensinam. Isso deve encher nosso coração.
A transferência de nossa culpa, seu aceitamento circunstancial como inevitável ou algo reparável é uma grande falácia da sutileza do mal que habita em nós, visto que somente permitiremos o acontecimento de algo que nos será prazeroso. Essa idéia de que "foi ele (ela) quem mandou" mostra o quanto somos passivos deste tipo de permissividade.
A carne sempre irá buscar os prazeres terrenos, transitórios, imediatos enquanto o Espírito estará sempre empenhado em nos mover para a vitória contra a carne.
O primeiro amor é uma experiência bastante agradável, pois é algo a que nos dedicamos ao máximo para cultivá-lo, até que venha a se tornar corriqueiro, e isso só acontece porque desviamo-nos sutilmente de nossos objetivos.
Caso não estejamos atentos à voz do Espírito, a carne nos fará deslizar cada vez para mais longe do primeiro amor. Pouco a pouco vamos acomodando com a situação, passando a ter uma visão simplista do que, na verdade, é altamente nocivo a vida cristã.
Caso não nos voltemos, desesperadamente para o primeiro e verdadeiro amor, caminharemos a passos largos para a morte.
[1] E conversa com um piscicultor, fui informado de que um peixe tem uma memória extremamente curta, ao ponto de voltar a cair no mesmo anzol que há pouco lhe rasgou a boca.
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