De Consumidores a Discípulos

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Quem é Você no Corpo de Cristo - Introdução - A Vontade de Deus para Cada Um

IGREJA Projeto de Deus

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Estudantes, Ciência e Fé


Em nossa atualidade, é encontradiço no meio acadêmico um emaranhado de "identidades cristãs" num contexto plural em que cada um vem de suas origens, família, região, religião, com sua carga de conhecimentos e valores e passam a conviver um ambiente que para uns é encarado, até mesmo, como hostil, e neste momento começam a serem contrastadas as ciências e as Religiões.

Se existisse uma ciência que atendesse às necessidades e respondesse às questões da humanidade, não haveria necessidade de tantas outras, e na verdade, tanto há necessidade das que já existem como das que ainda estão por surgir no decorrer da existência humana. É verdade, também, que não vemos entre as ciências aquela que vindique para si a primazia em detrimento de todas as outras.

Não é o ambiente que encontramos entre as religiões, e aqui, creio eu, cabe a mesma conjectura, a saber, se há uma religião que venha atender e responder a todas as necessidades, todos os desejos e anseios dos povos, porque haver tantas? No entanto, neste ambiente, vemos sempre muitas delas postulando ser "A RELIGIÃO" e os seus adeptos agindo como verdadeiros paladinos de seus próprios ideais.

Este enigma entre fé e conhecimento científico, enfrentado pelos estudantes universitários é apenas mais uma variação da antiga luta por conciliação entre fé e razão. Infelizmente muito dos que fazem parte das lideranças eclesiásticas são detentores de parcos conhecimentos e, por conta disto, têm uma cosmovisão muito limitada.

Durante muito tempo por conta de uma pseudo-exegese nos textos das cartas Paulinas aos irmãos de Corinto, oi ensinado e aceito entre os amados irmãos, em sua maioria de linhas chamadas pentecostais, que estudar não é tão necessário, uma vez que o apóstolo Paulo diz que "a letra mata, mas o espírito vivifica." (2Co 3.6), mas não entendiam que, o que Paulo sempre combateu a guisa de chamar de "letra" às filosofias, vãs sutilezas, a tradição dos homens conforme os rudimentos do mundo (Cl 2.8).

O verdadeiro papel da Igreja é por em prática o que Jesus nos dá por resumo da Lei, a saber, amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, ou seja, cada servo de Deus, aprender a por em prática estes valores eternos de Jesus. Ingrediente necessário é amor.

Não podemos ser românticos e nem simplistas quanto a questão do papel pastoral que deve ser prestado por alguém que está disposto a servir, alguém dado ao trabalho de examinar as Sagradas Escrituras e que esteja em condições de prestar ao Senhor um Culto Racional e não racionalizado ou racionalista, alguém que tenha uma boa cosmovisão e não seja conforme este mundo.

Nosso compromisso é mostrar Jesus Cristo ao mudo através de ações e palavras que sejam concordes entre si, ou seja, pregado com a vida e vivendo a pregação. Uma vez que salvação só é possível me Jesus, e somos servos de Jesus, vivamos de modo a honrar a Jesus, vivendo de modo a agradá-Lo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Missão e Contexto

Num primeiro momento entendemos a necessidade de nos desvencilharmos dos estigmas para podermos tratar melhor àqueles que adentram a fé cristã e desejam caminhar com Jesus. Enquanto a Bíblia diz “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”(2 Co 5:17), além de “... esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão,”(Fp 3:13), temos uma enorme dificuldade de olhar para o amado irmão recém chegado à família como alguém que nasceu em Cristo e, do contrário, o estigmatizamos e não o permitindo deixar par trás o que é para ficar lá, prova disto é que comumente se ouve:o irmão Fulano de Tal”... EX-TRAFICANTE, EX-PROSTITUTA, EX-VICIADO, EX-HOMICIDA, EX-TANTA COISA...[1]como se a obra nele feita, por Jesus, nada valesse! Pesa mais o estigma do que o valor do sacrifício vicário de Cristo.

Algo mais que deve ser considerado é, o que a igreja tem que fazer? Muitos se contentam em cumprir, ou pelo menos tentar, o mandato espiritual. E, onde ficam o mandato cultural e o social? Qual o envolvimento da Igreja na sociedade em que está inserida?

Fico a pensar em umas questões tais como: Se a “minha” igreja deixasse de existir hoje...

- faria falta para alguém?

- alguém sentiria saudades?

- causaria impacto na sociedade a curto, médio e longo prazo?

- teria impresso marcas salutares na sociedade?

- não ajudou nem atrapalhou?...

Quando me lembro que igreja somos nós e não aquele amontoado de tijolos, lajotas, madeiras e o que mais se utiliza em construção civil, vejo que as perguntas seriam direcionadas para mim.

De que adianta algumas igrejas terem creches, escolas, salas de alfabetização, oficinas de artes, centros de desenvolvimento de habilidades manuais e/ou geração de trabalho e renda ou trabalhos assistenciais dos mais diversos se muitos parecem ter perdido a capacidade de “...amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo...”(Mc 12.33 RA), e em muitos casos conseguirem dar mais prova de desamor.

“Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.” (1 Jo 4:20 RA).

Eis aí o que precisa ser feito para que haja uma verdadeira contextualização das missões contemporâneas, o resgate da capacidade de amar que reflete O Amor de Deus.

“Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.” (1 Jo 4.7-8)


[1] Grifos meus

Evangelho e Cultura

Jesus Cristo se fez carne e habitou entre Seu povo, nasceu em uma família e judeus, assim viveu e foi condenado, morreu e ressuscitou e foi visto, e tudo aconteceu e está gravado na história[1] e este acontecimento divide a história em dois momentos distintos. Também é verdade que Ele há de vir para p grande e terrível dia. Temos este relato no Credo Apostólico e em outras formulações credais.

Sempre que acontece algo está situado em um momento, ambiente e contexto sócio-cultural o que não seria diferente na missão cristã. Barnabé e Paulo protagonizaram o primeiro movimento missionário da era cristã e o Evangelho provoca tensões no mundo da época.

Já o segundo século da era cristã contribui com o surgimento de liderança teológica que luta pela relevância e fidelidade na propagação do Evangelho. Sempre ocorrendo tensões entre culturas, igreja e evangelho. Não há como viver ou agir em nenhum momento sem que haja influencias culturais.

Entendendo cultura como sendo conjunto de valores, padrões de comportamento, crenças, conhecimentos, costumes que vão distinguir um grupo social, e tudo sendo criado, desenvolvido, adquirido, transmitido e recebido com o desenrolar dos tempos. E que evangelho A mensagem de salvação anunciada por Jesus Cristo e pelos apóstolos. "Evangelho" em grego quer dizer "boa notícia".

Há grandes diferenças entre os conceitos acima, e devemos concordar que evangelho está em superioridade à cultura uma vez que esta está para um povo em um determinado momento e aquele para O Povo de Deus em toda história. Cultura é distinta e evangelho se configura entre as culturas. Não há como limitar a dimensão ou abrangência do evangelho, ainda que possua dimensão contextual, possui também as limitações histórico-culturais da humanidade.

O Evangelho de nosso Senhor Jesus pregado em qualquer tempo vai se encarnar na cultura, todavia sem estar sujeito ou se influenciar por ela. Não pode haver conformidade de evangelho com cultura, mas uma comunicação plena a todas elas.

É fato que o evangelho sempre necessitará do ajuntamento do povo de Deus, que é conhecido como Igreja, para ser o sujeito histórico da “encarnação” do evangelho em sua cultura e sempre contará com situações conflitivas como a santidade de Deus e a pecaminosidade de Seu povo. O Evangelho não conforma com o século, mas comunica a salvação existente em Cristo à todos em todas as épocas. A igreja pode até ser contextualizada com sua época as o evangelho é mantido e transmitido a todas as épocas conforme a dinâmica do Espírito Santo.

Segundo o mover de Deus a igreja age e o evangelho vai se fixando, perpetuando na cultura com a fidelidade de Sua mensagem imutável.

O evangelho deve ser comunicado a toda cultura com seus costumes, hábitos, inclinações, exigências... mantendo-se, portanto, fiel à vontade de Deus. A igreja se identifica, no decorrer da história com seus mais variados contextos sócio-culturais, entretanto o evangelho vai comunicando em todas as cultuas Sua verdade imutável que imprime marcas indeléveis na igreja de cada época, sempre reafirmando e/ou confirmando a imutabilidade de Deus e de Sua palavra.

Tomemos cuidado, como “propriedade exclusiva de Deus” que somos para não permitirmos interferência cultural em nosso proceder cultual para não incorrermos em erros crassos tais como de prestar algo que achamos ser uma “verdadeira adoração” a deuses falsos ou de banalizarmos o sagrado prestado falsa adoração ao Deus verdadeiro.


[1] 1Co 15