Em Paulo, a eclesiologia toma uma nova proporção, pois parte de uma idéia física para a espiritual, ou seja, passando a ser superior, uma comunidade cristã, acima, até mesmo de religiosidade. Esta é revolucionária, pois fica acima de princípios estabelecidos na época quanto a distinção sócio-econômica, política e gêneros.
Deve-se considerar a relevância de Gl 3,26-28 na eclesiologia paulina que mostra claramente que em Cristo não mais fazem sentido as distinções criadas pelas estruturas sociais humanas, com exemplo nos pares contrastantes, Judeus e Gregos, escravos e livres, homens e mulheres...
A Luta paulina pela igualdade traz uma nova perspectiva para a sociedade, devido às mudanças diante de Deus e dos homens no estabelecimento de laços fraternos, em Jesus, com pessoas de origens raciais, culturais e nacionais deveras diferentes
Muitas conjecturas há por parte de exegetas acerca do uso, por parte de Paulo, das expressões “macho e fêmea” em vez de “homem e mulher” quanto a diferenças entre papéis sociais e distinção biológica, isto por conta de contexto histórico da existência de correntes gnósticas.
Grande ênfase era dada, no mundo antigo na diferença biológica considerando que as propriedades religiosas, sociais, raciais e sexuais não eram tão diferenciadas quanto o são hoje.
O que se pode entender é que este Paulo escreve aos Gálatas proclamando que o batismo é algo que iguala a todos os cristãos e que são insignificantes todas as distinções de religião, de raça, de classe, de nacionalidade e de gênero. Todos que passam pelo batismo tornan-se um só em Cristo.
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