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IGREJA Projeto de Deus

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Biblia e Ecologia

Embora esta não seja a centralidade da proposta do texto bíblico, é um exercício bastante interessante o de se fazer uma leitura dentro de uma perspectiva ecológica. Olhando para o texto bíblico dentro desta perspectiva de pensamento ecológico, há de se concordar que encontramos o ser humano, sua vida e relação com tudo o que está em sua volta que, pelo fato de sua faculdade cognitiva e criticidade, recai sobre ele o dever de entender sua posição e papel no “todo” criado por Deus. Uma relação que também orienta quanto à necessidade de cuidado do que é de Deus e comum a todos os seres vivos, a saber, a terra.

Nesta leitura da criação, conforme relatado em Genesis vê-se Deus criando a vida em todas as formas e espécies existentes e dando sentido a tudo criado, pondo o homem como dominador e cuidador na criação, o que é uma relação de trabalho. Mostra a necessidade do descanso intermediando o trabalho que é o shabbat. Podemos ver que Deus assim fez, trabalhou seis dias e descansou. Jesus bem lembrou do fato de o descanso ter sido feito para o homem.

Esta perspectiva sabbatica também é vista em Êxodo, o que faz parte da tradição hebraica, no tocante ao fato de algum hebreu se tornar escravo de outro que no sétimo ano sairia forro. Em Deuteronômio, o principio sabbatico aparece no tempo do exílio babilônico em que, alguém que ficasse sem a posse de sua terra, esta lhe seria restituída completados 50 anos de sua perda.

Vários outros ensinamentos e orientações a respeito do preservar da vida, como o lidar com ninhos de pássaros, apanharem somente os filhotes; quanto ao desmatamento ou eliminação de arvores frutíferas em caso de guerra, ensinamento quanto a como proceder no trato de seus excrementos fecais, conforme Dt 23,13-15, o que denota preocupação com saneamento básico.

No texto de Êxodo 20 apresenta ensinamentos quanto ao trato da terra que deveria ser cultivada por seis anos e que no sétimo, nada se plantaria e o que fosse produzido seria por alimentação aos pobres e animais. Este texto, parte integrante do chamado código da aliança, fala sobre a legitimidade do trabalho agrícola sobre a terra e o ano sabbatico para que a terra descansasse, evitando, com isso, a exploração desordenada da terra por parte dos homens.

Pelo que pudemos perceber nesta caminhada, há muito a se aprender e percorrer ainda nesta releitura dentro do pensamento ecológico, contudo, conseguimos perceber que este exercício já nos conduz a um aprendizado de que Deus, em sua soberania, já traçou tudo para que vivêssemos de forma equilibrada. O texto nos mostra benefícios para a natureza criada, manutenção da terra, alimentação dos animais do campo, trabalho ordenado e intercalado com períodos de descanso, reinserção do pobre a sua cultura e posse do que perdera, respeito a Deus, ao próximo, a natureza e a tudo o que Deus fez e ordenou.

Não se pode perder de vista que é um trabalho hermenêutico que não deve desprezar uma acurada exegese para que não se incorra no erro de uma interpretação que, em vez de tomar o texto em seu contexto histórico-gramatical, o tenha por pretexto de uma interpretação tendenciosa, também é verdade que não se pode ver com olhos baços nem fazer os ouvidos moucos aos apelos dos pobres e da natureza para o cumprimento do que Deus pré-ordenou.

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