Bíblia, amado texto!

Bem sabemos que a Bíblia deve ser lida e estudada, à luz de seu contexto, mas, também é verdade que ao se entregar a mensagem da Bíblia, se faz necessário um grande e desafiador exercício da leitura do contexto em que se fará esta entrega para que se possa fazer a transposição da idéia ou atualização da passagem sem agressão ao sentido original proposto, contudo o que me tem assustado é o diletantismo quanto a esta atividade.

Entendo que não se pode perder como princípio basilar que a Bíblia é A Palavra de Deus, e por assim ser, devemos tomar o máximo cuidado para não começarmos a impor sentidos inverídicos tendenciosos à sua leitura. Isso incidiria numa crise em que cada um criasse sua própria Bíblia, e assim acrescentando a ela seus desejados sentidos de conformidade com a sua leitura de contexto.

Há muitas propostas de um novo olhar para o velho texto, enquanto texto, contudo precisamos manter a nossa atenção quanto a questão do texto que é velho, no sentido de antigo, mas não obsoleto. A Palavra de Deus não pode ser banalizada. Creio que sempre caberá uma nova leitura a qualquer texto, sempre que for feita à luz da verdade. O grande desafio é ter o cuidado de não sacralizar o profano nem profanar o sagrado.

Somente por causa da grande misericórdia divina, é que podemos e devemos ser ousados em estudar a Bíblia, mas para este exercício é necessário que nos ofereçamos completamente a Deus, dedicando ao seu serviço. E grande é o nosso labor enquanto teólogos comprometidos com as Escrituras Sagradas. O que todos nós devemos oferecer a Deus é uma dedicação ao estudo da Santa Palavra buscando e não impondo sentido.

Não podemos viver segundo os ditames deste mundo descompromissado com a verdade, mas devemos orar para que Deus o transforme por meio de uma completa mudança da mente de cada um no tocante a Sua Soberana vontade. Assim eles conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a Ele.