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domingo, 7 de setembro de 2014

VISÃO DO VALE - Ezequiel 3.22-24; 37.1-14


Monte Everest - O Everest (ou Evereste) é a montanha mais alta do mundo. Está localizado na cordilheira do Himalaia. Situa-se na fronteira entre o Nepal e o Tibete (China). Tem 8.848m de altitude, e foi escalado em seu topo pela primeira vez pelo apicultor newzelandês Edmund Hillary em 29 de maio de 1953.

Pão de Açúcar - Montanha com altitude de 395 m na cidade do Rio de Janeiro, Um dos principais pontos turísticos da cidade. Seu pico é alcançado por um teleférico que parte do bairro da Urca.

Corcovado - Montanha com altitude de 704 m na cidade do Rio de Janeiro, Importante ponto turístico do país, tem no topo uma estátua do Cristo em concreto armado, de 30m de altura.

Pico da Bandeira - Ponto turístico na serra do Caparaó, divisa entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Altitude: 2.890m.

Estados Unidos e China têm as duas pontes de vidro mais espetaculares — e amedrontadoras – do mundo – Num dos montes mais altos dos Estados Unidos, no Estado do Arizona, um dos principais pontos turísticos do país, foi construída uma passarela toda em vidro transparente numa altura superior a 1.200 metros. É a Grand Canyon Skywalk (“passarela do céu” do Grande Canyon). O turista pode olhar as montanhas de cima para baixo contemplar a profundeza.

Sem falar dos inúmeros Bungee Jumps espalhados pelo mundo...

Desde muito essa fascinação por estar no topo,  não podemos deixar de citar a Torre de Babel, e suas implicações.

  O homem gosta de estar por cima e olhar as coisas de cima para baixo.    Alcançar o topo, o auge, o clímax é a vontade de grande parte das pessoas. O fato é que depois de toda montanha alta existe um vale a ser percorrido.
Há momentos em que Deus convoca seus servos para uma conversa num monte: Moisés, Pedro, Tiago, João. Mas, às vezes, Deus tira o homem do monte alto e o leva a um vale profundo.

Na Literatura profética que aparece no Antigo Testamento nós encontramos testemunhos, visões e profecias de pessoas de fé, que receberam da parte de Deus e que comunicaram estas mensagens ao povo de Deus.
E algumas destas visões são impressionantes e poucas tão impressionantes como a visão do vale de ossos secos que se encontra em Ezequiel 37. Ezequiel era um sacerdote e era também um profeta de Judá. Ele viveu durante o Sec. VI antes de Cristo e durante a sua vida a cidade de Jerusalém foi sitiada, e depois foi ocupada, e depois foi arrasada, por um exército estrangeiro, o exército da Babilônia. E como o propósito era deixar o povo totalmente sem liderança, os babilônios levaram a todos os grandes líderes de Israel para o cativeiro.
Certamente levou o rei, com todos os seus auxiliares, toda autoridade civil, toda autoridade religiosa, militares, políticos, e deixaram o povo a mercê da própria sorte, totalmente sem direção, e um destes que foram levados, foi precisamente o profeta Ezequiel.
Aquelas pessoas que sobreviveram caminhando para a Babilônia, terminaram em campo de concentração, e ali no campo de concentração Deus começou a falar com Ezequiel e começou a dar-lhe lições quanto ao futuro que ELE tinha para o seu povo.
Por duas vezes, pelo menos, Deus conduziu Ezequiel, o seu profeta, ao vale. Ezequiel, o homem cujo nome significa “Deus Fortalece” foi levado ao vale para ter uma experiência viva com o “Deus que fortalece”.
•           Ez 3:22: “A mão do Senhor veio sobre mim, e ele me disse: Levanta-te e sai para o vale, onde falarei contigo”.
•           Ez 37:1: “Veio sobre mim a mão do Senhor; ele me levou pelo Espírito do Senhor e me deixou no meio de um vale que estava cheio de ossos”.
Ezequiel foi ao vale conduzido pela “Mão do Senhor”. A mão do Senhor estava agindo soberanamente na vida de Ezequiel

I.                    DEUS CONDUZ OS SEUS FILHOS AO VALE PARA REAVIVAR-LHES A ESPERANÇA.

Em estando na presença de Deus, Ezequiel tem a experiência de contemplar a Glória de Deus.

. Quando está no monte, o homem olha para baixo; quando está no vale, olha para cima.
. No monte, o homem contempla a criação; no vale, contempla o criador.
. No monte, o homem se deslumbra diante da glória humana; no vale, se prostra diante da glória de Deus.
. No monte, o homem aspira por ser reverenciado; no vale, ele reverencia.
Foi o que aconteceu com Ezequiel: “Levantei-me e saí para o vale, e eis que a glória do Senhor estava ali; e caí com o rosto em terra” – Ez 3:23.
Às vezes Deus nos tira dos montes e nos leva aos vales profundos das crises existenciais, das provações, das tribulações, enfermidades, dificuldades financeiras, dos problemas familiares. Às vezes palmilhamos os vales da sombra da morte.
• No vale, os nossos olhos ficam mais sensíveis à glória de Deus.
• No vale, os nossos joelhos ficam mais flexíveis.
• No vale o nosso rosto toca a terra com mais facilidade e rapidez.
• No vale nós sentimos saudades do Monte do Senhor, da casa de Deus.

Na visão que está escrita no Cap 37 do livro de Ezequiel, Deus conduz o profeta Ezequiel em missão à terra de Judá. Entendam bem, seu corpo, ou seja, fisicamente, Ezequiel estava na Babilônia, e o seu espírito estava no campo de Judá, especificamente estava em um vale, e não era um vale qualquer, mas o vale onde os babilônios haviam massacrado os israelitas, um vale em que os israelitas assassinados pelos invasores, não foram sepultados, e sim, todos aqueles corpos haviam ficado expostos ao relento. Com o passar do tempo aqueles corpos tiveram suas carnes comidas pelos animais, aves de rapina, vermes, apodreceram, sofreram a ação do tempo, o calor do sol e com o tempo o que sobrara naquele vale era uma enorme quantidade de ossos secos dos soldados, dos trabalhadores do campo, que morreram defendendo as suas posses.

II.                  DEUS CONDUZ OS SEUS FILHOS AO VALE PARA MOSTAR-LHES SUA MISERICÓRDIA.

Precisamos entender a nossa situação de miséria se estivermos distantes de Deus.

Deus leva Ezequiel ao vale, para que ele contemplasse a miséria espiritual de Israel. Ezequiel se vê no meio de um vale que estava cheio de ossos. Ele narra sua experiência: “Me fez andar ao redor deles; eram mui numerosos na superfície do vale e estavam sequíssimos” (37:2).

Nesta visão, o profeta caminha pelo vale e fica muito impressionado pela enorme quantidade de ossos secos que havia na superfície vale e, de repente, a voz de Deus quebra o silêncio e faz uma pergunta ao profeta: “Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos?”, certamente esta pergunta deixa o profeta confuso, e sem saber o que responder, o profeta disse: “SENHOR Deus, tu o sabes.”, porque ele não tinha ideia se era possível ou impossível. Ele não tinha ideia se era possível que aqueles ossos poderiam ajuntar um com o outro, mas neste momento Deus dá uma ordem ao profeta, dizendo: Profetiza a estes ossos e dize-lhes: “Ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR. Assim diz o SENHOR Deus a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis. Porei tendões sobre vós, farei crescer carne sobre vós, sobre vós estenderei pele e porei em vós o espírito, e vivereis. E sabereis que eu sou o SENHOR.”
Aquela visão dramática no vale era para fazer Ezequiel perceber a miséria espiritual do povo de Deus. Uma quantidade enorme de ossos sequíssimos. Esqueletos misturados e amontoados. Certamente Ezequiel se identificou com aquela situação e entendeu que a miséria espiritual de Israel era também a sua própria miséria.
Ezequiel foi levado a ver como Deus vê; olhar como Deus olha; sentir como Deus sente. E a visão que Deus tinha de seu povo é de que eles estavam mortos, secos. (v.11)” Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; estamos de todo exterminados.”
•           Algumas características daqueles ossos: inércia, gelidez, apatia, incapacidade total de qualquer ação.
Ezequiel obedeceu ao mandato divino e profetizou como Deus lhe ordenara, e falou aos ossos mortos, secos, sequíssimos como diz o texto bíblico. Em resposta à sua palavra em obediência a Deus acontece um milagre, aqueles ossos começaram a mover-se e cada osso encontra e encaixa com os seus correspondentes e complementares e pouco a pouco vão se formando os esqueletos, e sobre os ossos começam a surgir, tecidos, tendões, músculos, peles, e afinal ele vê que todas aquelas pessoas que haviam sido assassinadas, agora estão com seus corpos refeitos e era um poderoso exército, porém, inanimado, sem folego, sem vida. São corpos perfeitamente formados, mas não têm espírito.
Infelizmente é a realidade de muitos hoje, ainda que sejam crentes: inércia, frieza espiritual, apatia total à igreja. Aí vem o resultado: falta de envolvimento na obra de Deus; ausência nas atividades da igreja; frieza e apatia na hora do culto; passa a acompanhar a agenda do pastor. Se o pastor está na igreja, ele vai; se não está, também não vai.
Então, o vale nos serve de espelho para contemplarmos nossa miséria espiritual e uma necessidade urgente de revitalização.

Em resposta à Palavra profética, cada um desses ossos se une aos outros e cada corpo é composto, novamente, como dantes, haja vista ter havido ali uma multidão de pessoas mortas.
Por isso Deus volta a falar com o profeta, e, desta feita, com mais uma ordem: “Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam.”
Ezequiel profetiza como o SENHOR lhe ordenara e, novamente, ação soberana e miraculosa de Deus, o espírito entra  nos corpos, e eles viveram de novo e ficaram de pé. Havia tanta gente, que dava para formar um enorme exército.
Todas essas coisas acontecidas em decorrência da Palavra Profética, mas, para compreender este texto, é necessário recordar ou aprender algo muito importante sobre a palavra Espírito. Tanto no Hebraico, que é o idioma em que foi escrito o Antigo Testamento, como no Grego, que é o idioma do Novo testamento, espírito quer dizer, vento, hálito. Quando você põe o dedo abaixo do nariz, vai sentir o calor de seu próprio hálito, e quando uma pessoa está desmaiada, totalmente paralisada, o primeiro procedimento para sabermos se a pessoa está respirando, é este. Aquele exército não tinha como diz em hebraico xwr ruwach, não tinha como diz no grego pneuma pneuma, não tinha hálito, não tinha espírito.
Deus ordenou ao profeta que profetizasse para os quatro ventos, possivelmente norte, sul, leste, oeste, que são os pontos cardiais. Diga que o Senhor está mandando que ele venha de todas as direções para soprar sobre esses corpos mortos a fim de que vivam.
Esta ideia nos parece conhecida, pois, quando recorremos à Escritura, na narrativa da criação, conforme registrada no livro de Gênesis, vemos Deus formando o homem, do pó da terra, Gn 2.7, e depois de estar o homem completamente formado, ainda não há nele vida, ainda que estivesse fisicamente pronto, falta-lhe o espírito e este lhe é dado no memento em que o SENHOR sopra, pois só Deus tem o poder de dar-nos o espírito, o hálito de vida, fôlego. Portanto esta cena descrita neste texto de Ezequiel é um ato de criação, ou seja, de recriação, Deus promovendo uma nova criação, haja vista terem sido tomados ossos que outrora compuseram corpos vivos, já criados.
Esta é uma visão da promessa vinda da parte de Deus de que Ele em Sua santa e bendita graça e por amor, vai restaurar o seu povo e aqueles que segundo a visão do mundo estão aniquilados, irão levantar e os que estão mortos terão vida. Isto está claramente explicado nos versículos 11 a 14, onde o profeta narra o que Deus lhe disse depois: Homem mortal, o povo de Israel é como esses ossos. Dizem que estão secos, sem esperança e sem futuro. Por isso, profetize para o meu povo de Israel e diga-lhes que eu, o SENHOR Deus, abrirei as sepulturas deles, e os tirarei para fora, e os levarei de volta para a terra de Israel. Eu vou abrir as sepulturas onde o meu povo está enterrado e vou tirá-los para fora; aí ficarão sabendo que eu sou o SENHOR. Porei a minha respiração neles, e os farei viver novamente, e os deixarei morar na sua própria terra. Aí ficarão sabendo que eu sou o SENHOR. Prometi que faria isso e farei. Eu, o SENHOR, falei.
É fácil compreender porque este texto é tão lido, relido, estudado ao longo dos anos. É importante para todos nós, que somos povo de Deus porque este texto que é tão maravilhoso, verdade de Deus para nossa vida, contém uma promessa para todos nós, sobretudo para aqueles que têm passado por crises em suas vidas, se bem que todos nós passamos por estes momentos de crise, sendo tentados, até mesmo a pensar que não tem mais jeito, não há perspectiva futura.
Vivemos rodeados de pessoas que, por vezes, nos coloca para baixo dizendo, desiste, você não vai conseguir, você não vai chegar a lugar nenhum, você está caído e não vai conseguir de reerguer. Todos nós, em algum momento na vida passamos por crise.
Este texto nos diz que no meio da crise, podemos e devemos confiar em Deus, com toda esperança.
Este texto nos diz que no meio da crise, podemos e devemos confiar em Deus que nos ajuda a sobreviver até à queda mais catastrófica.
Este texto nos diz que Deus pode nos fazer de novo, que Deus pode nos voltar a vida! Por isso, irmão, precisamos compreender que a Bíblia, tanto no Antigo testamento como no Novo testamento, afirmam que a morte não é a última palavra.
Este texto que nos fala de um grande exército que se levanta em resposta à pregação da Palavra, uma enorme quantidade de ossos secos, totalmente sem vida. Da mesma forma, em nossos dias precisamos profetizar e anunciar, que Jesus Cristo, o Jesus de Nazaré, O Jesus histórico, do Novo Testamento assim como ele ressuscitou, nos fará levantar de entre os mortos para vencer a morte, o pecado e a maldade. É por isso que nós, que somos povo de Deus vivemos com esperança, porque sabemos que Deus é nosso pastor e sob a condução do Espírito Santo somos conduzidos e capacitados a passar, até mesmo, pelas experiências mais dolorosas em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.

III.                DEUS CONDUZ OS SEUS FILHOS AO VALE PARA DAR-LHES UMA VISÃO ABRANGENTE DE SUA SOBERANA VONTADE.

Devemos ter em mente a necessidade de SUA ação vivificadora.

•           Tendo contemplado a realidade espiritual de Israel, Deus coloca diante de Ezequiel a seguinte interrogação: “Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos?”.
E para nós, segundo o nosso entendimento...
É possível brotar vida onde há morte? É possível revitalizar ossos secos?
É possível um crente frio espiritualmente voltar ao primeiro amor?
É possível um exercito de esqueletos secos tornar-se um exército do Deus poderoso?
É possível uma igreja fria tornar-se fervorosa?
Lembram da resposta de Ezequiel: “Senhor Deus, não sei, mas tu o sabes”.  (v.3).

 Deus diz Sim, é possível. Mas para que isto aconteça, duas coisas são necessárias:
1.         A ação restauradora da Palavra proféticaProfetiza a estes ossos e dize-lhes: ossos secos, ouvi a palavra do Senhor.
• Parece absurda a ordem, mas Deus mandou o seu profeta profetizar e pregar a Palavra do Senhor.
• Parece absurda, mas não é quando se entende que a “Palavra de Deus é perfeita e restaura a alma” (Sl 19:7).

 
Parece absurda, mas não é quando se entende que a “Palavra de Deus é viva e eficaz” (Sl 19:7).

2.         A ação vivificadora do Espírito SantoPorei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o SENHOR, disse isto e o fiz, diz o SENHOR. (V14)

Devemos orar e pedir ao Senhor que envie seu Santo Espírito sobre àqueles para os quais anunciarmos a Sua Santa Palavra. Portanto irmãos, não vacilemos, não claudiquemos em meio às lutas, em meio às enfermidades, em meio às provações, em meio à solidão, em meio aos conflitos, ainda que você esteja no vale da sombra da morte.


Levantemos nossas vozes em oração pedindo ao Senhor que nos deu de SEU Espírito, que continue a soprar e que o seu hálito divino seja abundante em nós. 

Que Ele envie seu santo Espírito sobre o seu povo, para que sejamos cheios de SEU Espírito. 

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