De Consumidores a Discípulos

De Consumidores a Discípulos

QUEM É VOCÊ NO CORPO DE CRISTO - O DOM ESPIRITUAL DE ADMINISTRAÇÂO

QUEM É VOCÊ NO CORPO DE CRISTO - O DOM ESPIRITUAL DE LIDERANÇA

QUEM É VOCÊ NO CORPO DE CRISTO - O DOM ESPIRITUAL DE ENSINO

QUEM É VOCÊ NO CORPO DE CRISTO - O DOM ESPIRITUAL DE EXORTAÇÃO

QUEM É VOCÊ NO CORPO DE CRISTO - O DOM ESPIRITUAL DE PROFETA

QUEM É VOCÊ NO CORPO DE CRISTO - O DOM ESPIRITUAL DE CONTRIBUIR / REPARTIR

QUEM É VOCÊ NO CORPO DE CRISTO - O DOM ESPIRITUAL DE MISERIÓRDIA

Quem é Você no Corpo de Cristo - O Dom Espiritual de Ajuda ou Socorro

Quem é Você no Corpo de Cristo - O Dom Espiritual do Serviço ou Ministério

Quem é Você no Corpo de Cristo - Quais os Resultados do Exercício dos Dons Espiriuais

Quem é Você no Corpo de Cristo - O Que São Dons Espirituais

Quem é Você no Corpo de Cristo - Introdução - A Vontade de Deus para Cada Um

IGREJA Projeto de Deus

quarta-feira, 23 de abril de 2014

A CONTENDA DE DEUS COM O SEU POVO

 “Ouvi a palavra do Senhor, vós, filhos de Israel, porque o Senhor tem uma contenda com os habitantes da terra, porque nela não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus.” (Oséias 4.1)
              
            Vivemos numa sociedade que tem sido reflexo do pensamento Pós-Modernista, movimento este que se iniciou logo após o fim da II Grande Gerra Mundial. Vivemos um colapso moral. Uma degeneração de valores que antes tinham grande peso para as nossas consciências. Mas como se não bastasse, enfrentamos um colapso também de significado. O Pós-Modernismo diz que “não existem absolutos”, tudo é relativo, quer dizer, só é verdade até certo ponto, dependendo do ângulo que se olha.  R. Albert Mohler Jr., em seu livro “Reforma Hoje”, diz que “tudo isso já seria suficientemente trágico se tais tendências configurassem a consciência do mundo, mas não da igreja”. Mas, a verdade tem sido rejeitada por muitos dentro da própria igreja. O que se houve muitas vezes hoje não é a exposição da palavra de Deus, mas “mensagens de motivação, suavizantes terapias para o “eu” e fórmulas para saúde, prosperidade, integração pessoal, harmonia celeste, etc.”
            Tudo isto que estou falando, estava presente nos tempos do profeta Oséias.

            O profeta Oséias (significa “Ele tem Salvado” ou “salvação”), filho de Beeri, profetizou nos dias de Uzias, Acaz e Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão II, rei de Israel (1.1). Para com seu povo ele tem um amor profundo, e sofre sobre sua tarefa de proclamar a queda de Israel.
O amor de Deus por seu povo, a apostasia e o culto aos baalins, a justiça, o amor e a misericórdia que Deus revelará outra vez ao seu povo, são simbolizados no casamento de Oséias com Gômer, que ele ama, mas que anda atrás de outros amantes, e que ele ainda assim tenta ganhar para si. Oséias condena os sacerdotes; é por causa deles que não há  “Conhecimento” de Deus entre o povo, isto é: que o povo não está em comunhão com Deus. Também faltam a fidelidade e o amor que pertencem à aliança, justamente aquilo em que Deus se compraz, e não holocaustos (6.6). Oséias entende que, depois do julgamento haverá possibilidade de um novo começo que significará uma “volta para o deserto, por que ali foi que Deus tudo começou com seu povo (2.14-23). O livro se divide basicamente em duas partes:
 1º- O casamento de Oséias como sinal para o povo (1-3)
 2º-  Pronunciamentos Proféticos (4-14).
            Por que o povo estava sendo infiel à aliança, o profeta Oséias proclama que Deus não tem se agradado do seu povo e por isto Deus tem uma contenda. A palavra conte neste texto pode melhor ser traduzida por “um processo” ou “uma acusação”. 

è Deus tem uma contenda com o seu povo, porque:  NÃO HÁ VERDADE:
            Verdade é a qualidade daquilo que se é apresentado como realmente é. Por que não há verdade, Deus tem uma contenda com o seu povo. O vs. 2 diz que o que só prevalece é “...mentir...”. Mentir é o 2º verbo na lista daquilo que o povo estava fazendo de errado e assim trazendo a ira de Deus.  O cap. 10.13, diz que o povo comia “o fruto da mentira”, possivelmente seja fruto de negócios fraudulentos. Isto podemos perceber no cap 11.12 e no cap 12.7 que diz que Efraim estava sendo infiel nos seus negócios comerciais, “tendo nas mãos balanças enganosas”.
            É lastimável quando o povo deixa de praticar a verdade e anda na mentira. Pilatos, interrogando a Jesus, pergunta se ele era rei (Jo 18.33-38). Jesus diz: “para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade”. Então Pilatos pergunta para Jesus: “que é a verdade?”. Não sei se Pilatos estava realmente interessado em querer saber o que era a verdade, mas Jesus, na sua oração sacerdotal (Jo 17), ensina aos discípulos que a palavra de Deus é a verdade (vs. 17). Que conforto sabermos que, embora o mundo declare não haver verdade, Jesus declara que há de fato uma verdade e que estava verdade é a palavra de Deus. Se cremos que a palavra de Deus é a verdade, por que não anunciá-la sem distorção. Uma verdade anunciada com distorção não tem efeito duradouro.  O mesmo versículo diz também que a verdade santifica. Ou seja, quanto mais andamos na verdade, mais nos aproximamos de Deus.  Se não falarmos a verdade, seremos alvos da contenda de Deus.

è  Deus tem uma contenda com o seu povo, porque:  NÃO HÁ AMOR:
            Numa relação de aliança de casamento, espera-se que as duas partes exerçam amor um pelo outro. Deus, apesar da infidelidade de Israel, continua amando. O casamento de Oséias com Gômer ilustra a aliança de Deus com israel. É interessante observarmos o cap. 11, pois ele nos fornece dados importantes do amor de Deus por Israel. O vs. 2, diz que Deus os chamava, mas Israel fugia e mais e mais adorava os baalins. O vs. 4 diz que Deus os atraiu com “laços de amor”. No entanto, vemos que a contenda de Deus com Israel se mantinha de pé, pois este, além de rejeitar o amor de Deus, prostituía-se com os baalins ( 2.17 / 9.10). Israel havia se corrompido e esquecido da aliança com Deus. Estava com o coração voltado ao mal. Mentir, matar, adulterar era o seu costume. Esqueceu-se de Deus. Quantas pessoas tem ouvido falar do amor Deus e o tem rejeitado. A palavra amor aqui neste verso (4.1) geralmente é traduzida por “misericórdia”. O povo não tem misericórdia, mas quando ouvimos esta palavra, nos lembramos das palavras do profeta Jeremias: “as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos” (Lm 3.22). Se somos infiéis, ele continua fiel (2 Tm 2.13). Deus quer que demonstremos amor por ele. Nada e nem ninguém pode e deve tomar o lugar de Deus em nosso coração. No Evangelho de Lucas (18.18-23), está registrada uma história interessante. Certo homem de posição, pergunta a Jesus como ele pode ser salvo. Jesus pergunta se ele conhece os mandamentos e enumera somente os 5 primeiros da segunda divisão, que trata da relação do homem para com o homem e não menciona os 4 primeiros mandamentos que trata da relação do homem para com Deus e o ultimo que trata da cobiça. Ele responde que tudo isto tem cumprido desde a sua “juventude”. Então Jesus lhe diz que só falta ele vender tudo e segui-lo. Jesus diz isso, pois sabia que ele era avarento e a avareza é idolatria, pois toma o lugar de Deus. Amar a Deus sobre todas as coisas é a cláusula mais importante da aliança com seu povo.

è Deus tem uma contenda com o seu povo, porque: NÃO HÁ CONHECIMENTO DE DEUS:
            Este talvez seja o mais graves dos motivos pelos quais Deus tem uma contenda com o seu povo: por que não há conhecimento. E por isso o povo de Deus está sendo destruído.  O conhecimento de Deus revela quem Ele é, o que ele tem feito par redimir o seu povo e o que ele requer do seu povo. Mas, por que não há conhecimento ? O profeta responde: “Porque tu, sacerdote, rejeitastes o conhecimento” (4.6). Sem o devido conhecimento de Deus não há direcionamento, logo, o povo é destruído. O povo que não tem entendimento corre par a sua perdição (4.14). Por isso a exortação do Profeta: “conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor” (6.3), Pois “misericórdia quero e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocausto”(6.6). Estando Jesus comendo com publicanos e pecadores, os fariseus questionam esta atitude do mestre, então vem a resposta do mestre: “os são não precisam de médicos, e sim os doentes”. Ele continua: “... Aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos..” (Mt 9.10-13). Jesus cita as palavras do profeta Oséias para ensinar que o conhecimento de Deus é justificado na prática do amor ao próximo, e que não adianta conhecer a Deus e estar dissociado de suas implicações.
            Em Mt 23.1-12, Jesus censura os fariseus. Ele diz: “na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis em suas obras (vs. 2,3). Quão terrível deve ter sido para os fariseus e escribas que estavam ouvindo estas verdades da boca de Jesus. Mas quão terrível também o é para muitos que dizem conhecer a Deus, amar a Jesus, mas suas obras não atestam. Pessoas que enchem o peito para dizerem que são cristãos, mas saqueiam os irmãos, ou como o próprio Senhor falou dos fariseus e escribas, chamando-os de hipócritas, porque “devorais as casas das viúvas e, para o justificar, fazeis longas orações ...” (vs. 14). Precisamos ouvir a exortação do profeta Oséias: “conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor”. 1º, Se queremos ter intimidade com o Senhor, o melhor caminho é conhecê-lo, e conhecê-lo naquilo que ele agradou-se revelar ao homem e que nós encontramos registrado em sua Palavra. 2º, nada poderemos falar com veracidade sobre Deus e seu plano par o homem, se não buscarmos conhecê-lo. E em 3º lugar, nós, como líderes de comunidades religiosas, devemos ter o cuidado de procurarmos com diligência conhecermos ao Senhor e não rejeitar a sua lei, pois o veredito está dado: “Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei para que não sejas sacerdote diante de mim” (vs.6).

CONCLUSÃO:
            Não podemos negar a verdade, pois ela existe e ela é a palavra de Deus. São os seus decretos para a nossa conduta e disciplina. Se não pregarmos a verdade, seremos coniventes com a mentira e o engano. Devemos também, em nossas ações comerciais, amigáveis, ou qualquer outro contato com o nosso próximo, demonstrar amor, cuidado e zelo em não somente suprir a sua falta, mas providenciar para que ele mesmo seja colocado em uma posição em que ele próprio possa se manter. Tomando o cuidado para que não permitamos que, com uma boa ação, não sejamos explorado. E por ultimo, procurar conhecer mais e mais a Deus, pois em conhecer a Deus constitui a glória do homem e o seu deleite. Em conhecer a Deus, nós seremos mais e mais santificados e preparados para servi-lo, pois conhecê-lo é mais agradável do que qualquer sacrifício ou holocausto.

Nenhum comentário: