Uma frase que me tem causado bastante desconforto ao ouvi-la é essa: "Precisamos quebrar os paradigmas".
Entendo que não há algo que melhor represente as inúteis palestras motivacionais do que ela.
Comumente, são promovidas e/ou pagas por empresas para seus funcionários que, invariavelmente, são induzido por metodologias de massificação tais como PNL - Programação Neurolinguística para serem formatados à uma idéia comum do "vestir a camisa da empresa", mesmo quando a empresa lhe dá uma camisa puída para vestir. Faz com que, aqueles que antes temiam por estar sob a égide de uma empresa que não oferece segurança para tal, passem a olhar para a empresa, absortos.
Pois bem, pior ainda é que estes entulhos agora passam a fazer parte do arraial eclesiástico, propalado pelos paladinos da ideia de "uma nova forma de ser igreja", dizendo ser o correto pois uma Igreja refomada tem que estar sempre reformando. São muitos os eventos que envolvem particiação de pastores e lideranças eclesiásticas em nosso país chafurdados neste atulhamento.
A idéia de Igreja Reformada sempre reformando, que a reforma imprimiu, nos lembra, de maneira reforçada, a necessidade de a Igreja retornar à forma proposta pelo Senhor da Igreja. Reformar significa: "formar novamente; reconstituir a antiga forma de; reconstruir, reafirmar a exatidão ou a verdade de algo; confirmar, corroborar, ratificar", contudo, o que se tem observado por aí é uma arte de impromptu, a guisa de ser algo que agrade a Deus.
Recentemente ouvi, "Precisamos quebrar os paradigmas", de um amigo, pastor presbiteriano, recém chegado de um encontro de pastores e líderes, este, promovido pelo Instituto Haggai do Brasil. Este amigo, achincalhou-me por conta de eu estar, em casa de familiares meus, juntamente com minha esposa e filho, em plena segunda-feira, de chinelo e bermudão aproveitando o dia de folga semanal que me é concedido, somente pelo fato de ele estar promovendo um evento em "sua" igreja, pois, segundo ele, já está passando da hora de quebrar os paradigmas. Ainda que ele estivesse certo, juntamente com seu auxiliar, outro pastor que pensa e age igual, o exemplo bíblico de relacionamento parte da humildade e não da megalopsiquia.
Como eu já fiz parte de quadro funcional de emprezas de grande porte, ocupando cargos de confiança, tais como, gerência, liderança de programas de qualidade total, auditoria em Sistema de Gestão em vendas e Satisfaçao do Cliente, entre outros, vejo que muitos de nossos amados irmãos, pastores estão investindo seu sagrado tempo e ministério em entretenimento de bodes em vez de apascentar, que é dar alimento espiritual, ensinar, doutrinar; guiar, nutrir, sustentar.
As emprezas vão tentar de tudo para fazer com que seus funcionários rendma ao máximo, custando o mínimo sem perceber que estão sendo explorado além do limite de suas capacidades. Mas o negócio das empresas é LUCRO.
Mas, o nosso "negócio" não é este!!!!
Ministério pastoral é para ganhar vidas, resgatar vidas, restaurar vidas, relacionar com pessoas montrando-as que Deus é a porção de nossa herança, e que a verdadeira alegria existe no Senhor.
Se queremos quebrar paradigmas, precisamos aprender com o apostolo Paulo, que vê em suas prisões, oportunidades maravilhosas para continuar a quebrar paradigmas. Sempre dizendo ser prisioneiro de Cristo, por amor aos gentios.
Paulo sempre foi um homem profundamente religioso, judeu praticante, irrepreensível na mais estrita observância da Lei (At 22, 3), “cheio de zelo pelas tradições paternas” (Gl 1, 14). Esse ideal animou Paulo durante os primeiros 28 anos de sua vida (Fl 3, 5-6), mas chegou o momento de descobrir que observar a Lei não era suficiente para levá-lo até Deus. Aconteceu então a sua conversão para o Cristianismo.
Aquele que outrora perseguia os cristãos agora vive uma vida de total dedicação à exposição das Sagradas Escrituras, pregando algo completamente avesso às regras e práticas judaizantes, a saber, a união entre gentios e judeus e destes com Cristo.
Jesus Cristo nos ordena a ir por todo o mundo e pregar o vangelho a toda criatura, batizando em nome do Pai, do Fiho e do Espírito Santo, e não "ide por todo mundo quebrando paradigmas..."
lembremos que "paradigma" é um exemplo que serve como modelo.
lembremos que "paradigma" é um exemplo que serve como modelo.
Em Atos 2.42-47 temos:
42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.43 Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos.44 Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum.45 Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.46 Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração,47 louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.
42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.43 Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos.44 Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum.45 Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.46 Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração,47 louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.
E aí, vamos quebrar ou conservar este modelo?
SOLI DEO GLORIA
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