De Consumidores a Discípulos

De Consumidores a Discípulos

QUEM É VOCÊ NO CORPO DE CRISTO - O DOM ESPIRITUAL DE ADMINISTRAÇÂO

QUEM É VOCÊ NO CORPO DE CRISTO - O DOM ESPIRITUAL DE LIDERANÇA

QUEM É VOCÊ NO CORPO DE CRISTO - O DOM ESPIRITUAL DE ENSINO

QUEM É VOCÊ NO CORPO DE CRISTO - O DOM ESPIRITUAL DE EXORTAÇÃO

QUEM É VOCÊ NO CORPO DE CRISTO - O DOM ESPIRITUAL DE PROFETA

QUEM É VOCÊ NO CORPO DE CRISTO - O DOM ESPIRITUAL DE CONTRIBUIR / REPARTIR

QUEM É VOCÊ NO CORPO DE CRISTO - O DOM ESPIRITUAL DE MISERIÓRDIA

Quem é Você no Corpo de Cristo - O Dom Espiritual de Ajuda ou Socorro

Quem é Você no Corpo de Cristo - O Dom Espiritual do Serviço ou Ministério

Quem é Você no Corpo de Cristo - Quais os Resultados do Exercício dos Dons Espiriuais

Quem é Você no Corpo de Cristo - O Que São Dons Espirituais

Quem é Você no Corpo de Cristo - Introdução - A Vontade de Deus para Cada Um

IGREJA Projeto de Deus

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Espiritualidade e Ciência

Não há como apresentar espiritualidade como modelo ímpar, hajam vistas as várias propostas de espiritualidades encontradiças em meio à sociedade. Um emaranhado de ofertas cada vez mais intelectualizadas, ainda que sejam alegorias mais bem elaboradas, talvez pelo fato de sua imaterialidade, tem surgido a cada época.

Procura-se com uma atenção maior voltada para o assunto espiritualidade, algo que dê significado à vida composta de momentos e ambientes que integram o existir do homem, dispersando uma tomada de posição quanto a existência de Deus, e, por conseguinte dispensando também a necessidade de religião. Todavia não abre mão do elemento fé.

Psiquiatras sugerem um conceito de espiritualidade transcendente, uma vez que defendem a necessidade da existência de uma força superior, ainda que seja inominada, para que seja trabalhado o elemento fé.

A ciência propõe uma base biológica para a espiritualidade, relegando Deus a um produto de lucubração humana.

Uma pesquisa realizada pelo biólogo molecular americano Dean Hamer, propõe que a fé está embutida em nossos genes, ou seja, afirma ter encontrado no ser humano o gene responsável pela espiritualidade. Esse gene teria a função de produzir neurotransmissores que regulam o temperamento e o ânimo das pessoas. Os sentimentos mais profundos de espiritualidade seriam resultado de uma descarga de elementos químicos cerebrais controlados por nosso DNA.

Há uma grande e antiga tentativa de se desqualificar a religião como algo maléfico, entorpecedor da sociedade, alijando-a da razão, mas também são encontrados os que defendem que a crença em Deus pode ser uma opção completamente racional e que os princípios da fé são, na verdade, complementares aos da ciência.

Uma minoria de cientistas que se dizem cristãos, tentam maquiar suas teorias absurdas tentando “encaixar” Deus naquelas lacunas que a ciência não consegue preencher, nas teorias improváveis da ciência.

O que a ciência não pode explicar, é o porquê de os pacientes que contam com o elemento fé e têm algum tipo de religião são potencialmente mais bem sucedidos em seus tratamentos e lidam melhor com a realidade. E quando o “objeto” de sua fé é o Deus verdadeiro, melhores são os resultados.

Muitos já se preocupam com esta situação e procuram identificar em seus pacientes a relevância de sua religião, e o valor da fé para poderem tê-los como parte a ser considerada em seus procedimentos, afirmando que “isto” faz bem.

Albert Einstein, que escreveu: “A ciência sem religião é incompleta, a religião sem ciência é cega”, e afirmou crer no Deus de Spinoza. Ainda que não fosse uma experiência de pessoal com Deus, abre um debate para a coexistência pacífica entre Deus e ciência

Nós que temos como ponto de partida a fé cristã, temos a convicção de que Deus é amor, e onde existe amor Deus está presente, e em Deus há vida e saúde. Muito há de ser investido no amor, pois ele é importante para a saúde. A descoberta de Deus se faz nesta direção e não existe evidência maior de Deus do que o amor.

O que não pode acontecer e querer acreditar que a ciência conseguirá explicar Deus e Suas obras. Por mais que se busque e se faça investimento, a humanidade sempre há de conviver com esta luta.

Que a ciência cumpra sempre o seu papel, na busca interminável pela saúde perfeita e, no que diz respeito às questões espirituais, as quais, só Deus pode solucionar, que a ciência respeite o seu limite.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Luta contra o pecado

É uma triste verdade o quanto mau nós somos devido ao mal que há em nós. Analisando Rm 7.21 deparamos com verdades sobre o pecado latente e o quão necessário é que lutemos incessantemente contra este mal contido em nós, e, para isso, se faz necessária uma tomada de posição para o efetivo conhecimento deste mal.

A Palavra de Deus nos revela Sua soberana vontade e, conhecendo o mal que é algo que entristece o Espírito Santo, estaremos nos capacitando, dia após dia a lutar contra ele. Entendo ser este o comportamento requerido do servo de Deus!

A lei do pecado, agindo furtivamente dentro de nós, tende a cegar nosso entendimento, inclinando-nos a recompensas que, na verdade, não nos compensam em nada, do contrário, nos leva ao sofrimento de distanciarmos dos propósitos de Deus em nossa vida.

É um gigante dentro de nós, "embaixo de nossa pele". É um inimigo inoportuno que nos faz, como cristãos, viver em constante conflito.

Ninguém, em sã consciência e por vontade própria, entraria em um lugar na certeza de se perder ou de encontrar um monstro a sua espera.

O coração é enganoso e nele reside o mal, como se num compartimento em que não acessamos (ou não queremos assumir essa possibilidade), ou como se estivesse adormecido sem, portanto, aparentar nenhum risco, mas, ao menor descuido toma proporções assombrosamente desastrosas para nossa vida.

O quanto é difícil, mas plenamente capaz, lutarmos contra este inimigo. Quanto mais crescermos na Graça, mais fraco ele se torna!

Como estamos acostumados com as falsas tranqüilidades vivenciadas por nós no tocante a nossa carne... como a paz do cemitério que guarda podridão, corpos em decomposição. Lugar de lágrimas, separação.

Ao tentarmos reconciliação com a carne estamos alimentando o mal constante em nós e, quando buscamos fazer a vontade de Deus estamos mortificando a carne.

Se quisermos agradar a nossa carne não agradaremos ao Senhor, absolutamente não.

Como age o pecado

O negócio do nosso inimigo é fraudulento e, por assim ser, se vale de muitos truques, a todo o momento, para fazer com que seu negócio alcance êxito. Nosso papel, conquanto cristãos que somos, é de sempre estamos atentos às sutilezas dos enganos que tem buscado maquiar o errado dando-o uma aparência de correto. Pecamos todas as vezes que nos deixamos levar pelas paixões deste mundo, pois agimos como tolos.

Antes de cometermos o pecado, propriamente dito, nos enamoramos dele, acostumamos com a idéia, o desejamos e caminhamos para a morte, pois é para a morte que a carne nos conduz.

Sendo sábios aos olhos do Senhor, agradando-nos do que Ele tem para nós, certamente não cederemos às investidas do enganador além de o expulsarmos de nosso meio.

A lei do pecado, ou seja, a inimizade contra Deus certamente agirá de modo a minimizar a gravidade do pecado em vez de acender em nós a verdadeira luz da santidade para a qual somos salvos. Fará emergir uma pútrida idéia de que nossos pecados estão pagos e posemos "gastar por conta".

Não podemos perder de vista o quanto somos carentes e dependentes de Deus e de Seu perdão e, de olhos fitos na Cruz de Cristo, lembrarmos sempre do que Deus foi capaz de fazer por nossa salvação. Certamente isso fará uma grande diferença em nossa vida.

Quanta coisa tem ocupado nossa mente fazendo-nos procrastinar os deveres diários, também, como temos buscado a Bíblia como caixinha de promessas como caçadores de recompensas, "horóscopo de crente".

Precisamos entender que A Palavra de Deus nos revela o Deus da Palavra e que Este é o "meu Deus" [1].

A Bíblia é o único livro que nos conduzirá a uma verdadeira adoração e vida cristã, e sem ela jamais seremos capazes de conhecer a vontade de Deus, tampouco a Sua palavra. Se não ocuparmos o nosso tempo, que na verdade é de Deus, em buscarmos fazer o que O agrada, de que valerá nosso viver?


[1] Aproprio-me deste termo para falar de um Deus pessoal e imanente, não de um modo egocêntrico de possuí-lo, como se isso fosse capaz.

Amando a Deus com toda a sua mente

A nossa mente necessita de um exercício diário, com a palavra de Deus para que seja continuamente conservada nela a impressão da vontade de Deus e assim em nossa vida.

Não agradamos a Deus apenas em fazer o que Ele ordena, precisamos estar atento ao "como fazer". Nossa obediência deve ser completa, um ato de fé, de coração, não é como queremos e sim conforme a vontade e propósitos de Deus.

Amar a Deus vai além de atos mecânicos que costumeiramente possamos fazer, tornando-se mero ritual. Temos que estar atento à verdadeira motivação de nossos atos e ao conseguimento dos objetivos de nossa vida segundo a vontade de Deus.

Se Deus é soberano em minha vida não posso agir furtivamente, tampouco por livre recreação de meu enganoso coração, ao invés preciso lembrar que na condição de servo não me é cabida contestação nem vontade própria e sim a de meu Senhor. Não posso me deleitar no que Ele abomina.

Devemos lembrar sempre do grande preço pago por Cristo, na Cruz, levando sobre si as nossas dores e de que o Espírito Santo habita em nós. A carne tenta sempre nos fazer inanido, mas o Senhor quer-nos fortes.

Andar alijado de Deus seria como nos vermos num cenário como se fôssemos peixes atraídos por iscas.[1] A carnalidade cega o nosso entendimento ao ponto de assim nos comportarmos, nos deixando seduzir pelo aparentemente belo e agradável ou ainda o mais fácil e comum.

Grande é o conselho de Salomão em Pv 4.23. Devemos guardar nosso coração, protegendo-o de tudo que não agrada ao Senhor para que nos deleitemos nEle.

Nossos olhos devem estar, a todo tempo, fitos na cruz de Cristo e toda a nossa alegria no Senhor, assim estaremos fazendo verdadeiramente o que as Sagradas escrituras nos ensinam. Isso deve encher nosso coração.

A transferência de nossa culpa, seu aceitamento circunstancial como inevitável ou algo reparável é uma grande falácia da sutileza do mal que habita em nós, visto que somente permitiremos o acontecimento de algo que nos será prazeroso. Essa idéia de que "foi ele (ela) quem mandou" mostra o quanto somos passivos deste tipo de permissividade.

A carne sempre irá buscar os prazeres terrenos, transitórios, imediatos enquanto o Espírito estará sempre empenhado em nos mover para a vitória contra a carne.

O primeiro amor é uma experiência bastante agradável, pois é algo a que nos dedicamos ao máximo para cultivá-lo, até que venha a se tornar corriqueiro, e isso só acontece porque desviamo-nos sutilmente de nossos objetivos.

Caso não estejamos atentos à voz do Espírito, a carne nos fará deslizar cada vez para mais longe do primeiro amor. Pouco a pouco vamos acomodando com a situação, passando a ter uma visão simplista do que, na verdade, é altamente nocivo a vida cristã.

Caso não nos voltemos, desesperadamente para o primeiro e verdadeiro amor, caminharemos a passos largos para a morte.


[1] E conversa com um piscicultor, fui informado de que um peixe tem uma memória extremamente curta, ao ponto de voltar a cair no mesmo anzol que há pouco lhe rasgou a boca.

Derrotando o pecado

Parando para refletir um pouco sobre o quadro de quem está na fila de espera para o transplante de medula, sabendo que se não for encontrado um doador compatível, só resta esperar a morte e, mesmo tendo encontrado o doador, o que não é tão fácil, passará por um processo sofrido e doloroso, podendo até não ser bem sucedido, contudo, sem entender bem o processo pelo qual passará, sem conhecer a equipe que trabalhará nesta intervenção, deposite nestes toda a esperança de vida e se submete, etapa por etapa, incondicionalmente à risca. Quiçá que experimentássemos uma fé nestas proporções em nossa lide cristã e em nossa vida devocional.

O quão é difícil ter a certeza de que estamos gozando a verdadeira paz devido às sutilezas da carne, que por vezes nos traz, como um silvo suave, a impressão de que "é assim mesmo que as coisas acontecem..." e, por estar de paridade com os outros pobres mortais, nossos iguais, aquietamos sob uma paz profana, deleitando-nos num ledo engano, numa fé perniciosa.

Oh Senhor, conceda-nos a graça de sermos sábios aos olhos do Senhor para podermos discernir a verdadeira paz, possível somente em Jesus Cristo!

Esta é a fé que precisamos experimentar a fé letal, que mata a carne. Uma vez que nossa fé estiver plenamente depositada em Jesus Cristo, que é O nosso único e suficiente Salvador e Senhor tomaremos Seu exemplo e odiaremos o pecado.

O Espírito do Senhor é quem nos convence desta necessidade e nos conduz pelo verdadeiro caminho para a glorificação de Jesus Cristo.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

O Comércio do Sagrado

Segundo o que temos presenciado em nossos dias, há uma grande corrida em busca de soluções rápidas, práticas, mágicas para todos os problemas da humanidade, e isto tem causado grandes decepções naqueles que, desesperançados buscam nas igrejas emergentes, o que procuram. Em chegando nestas, presenciam ambiente alegre, agradável, e um discurso vindo de encontro as suas necessidades, muitas vezes, discursos ensaiados para que venha manipular a fé, numa proposta de um deus que pode ser provado, visivelmente, através de uma rápida ascensão econômica.

Ávidos por se tornarem prósperos, envoltos num espetáculo de mágica, se quedam às habilidades dos oradores e “apostam” suas últimas economias em uma proposta a seus olhos lucrativa, como se Deus fosse um provedor mercantil que garantisse lucro em todas as negociações. E isso tudo com um ar de espiritualidade que “abastece” a fé daquele que está sendo explorado. Esse não é o Deus da Bíblia!

Quando o indivíduo não tem mais pique e não representa lucratividade para estas igrejas, são descartados e, na maioria das vezes, levando-o a um ceticismo quanto à existência de Igrejas sérias que pregam a salvação em Jesus sem comercializá-lo.

Ainda que pessoas mais esclarecidas tentem mostrar o quanto estas pessoas são enganadas, elas não querem enxergar a verdade por estarem extasiadas pelos movimentos e "testemunhos" que induzem a permanência.

Estas igrejas têm prestado um desserviço à fé cristã e às igrejas sérias que são verdadeiramente agências do Reino, Igrejas vivas pregando um Deus vivo que se importa com o Seu povo, além de banalizar os pastores que buscam trabalhar com seriedade e fidelidade às Sagradas Escrituras.

Foi o próprio Jesus quem disse: "No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." (João 16:33).

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Espiritualidade Cristã Contemporânea

O que podemos perceber em nossa época é a grande mescla quanto ao entendimento e conhecimento do que venha a ser a espiritualidade propriamente dita. O que era para ser entendido como uma característica de quem tem uma intensa atividade espiritual verte-se para princípios de religiosidade sejam eles cristãos ou de qualquer princípio ritualístico.
Focando a comunidade cristã, as coisas não são mais simples, hajam vistas as propostas multifacetadas de cristianismo que culminam na produção de uma fé de consumo, e, em assim sendo, provoca uma inversão de valores onde o sagrado é profanado e o profano é sacralizado. Igrejas para todos os gostos, como se fossem fast-foods da fé oferecendo “cultos” a gosto de sua clientela. Em vez de cristãos serem sal da terra e luz do mundo cultivam o hábito de flertar com o pecado querendo levar para dentro das Igrejas, e muitas vezes levando, as trevas e a sensaboria.

A espiritualidade cristã, portanto, tem deixado de ser cristocêntrica para uma proposta antropocêntrica na qual o ser humano busca qualquer coisa que lhe proporcione uma sensação de tranqüilidade, ainda que fugaz, como se um torpor espiritual que possa mascarar sua apatia moral.

De fato, a espiritualidade cristã precisa resgatar seus verdadeiros valores e voltar a ser uma atividade centrada em Cristo e que as atividades espirituais sejam, verdadeiramente, movidas pelo Espírito Santo nos conduzindo ao Pai.

Em vez de uma corrida as cegas a procura do que possa proporcionar “prazer espiritual”, uma criteriosa busca por uma vida centrada na produção do Fruto do Espírito conforme Gálatas 5.22-23. Isso não seria uma proposta a uma nova forma de espiritualidade e sim um retorno as origens, um resgate do que se vem perdendoao longo dos tempos. É necessário que a Igreja atenda ao apelo do Apóstolo Paulo aos Romanos, especialmente no capítulo 12, do qual transcrevemos os versos 1 e 2:

“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”

O axioma inexorável da espiritualidade cristã deve ser o louvor da glória de Deus.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Espaço Público e Reconstução da Solidariedade

Na sociedade em que vivemos em observando o problema de exclusão, se faz necessário elaborar estratégias para a construção do espaço público solidário, onde seja possível a unidade embora que em meio à diversidade.
Esta solidariedade necessária não deve ser entendida, portanto, como caridade ou filantropia, e sim em como uma política real necessária à elaboração e à formulação de idéia sobre políticas sociais. O problema é o sentido pejorativo adquirido pelo termo “solidariedade”, sendo usado ao bel prazer, de acordo com a consciência e interesse de quem o emprega. Na verdade, a solidariedade tornou-se um paradigma perdido.
Deve haver uma conexão entre solidariedade e complexidade da sociedade como noções que se completem visto que emprego do princípio da complexidade esclarece as virtudes da solidariedade que é vista como uma prática alimentada pela complexidade social.
A exclusão por si provoca o enfraquecimento dos laços de solidariedade reprimindo-a em favor da lógica do mercado, o que é contrário à ética solidária.
John Rawls, adotando uma abordagem neokantiana, procura repensar a justiça na qual se aplica o princípio da tolerância. Segundo ele, a justiça é indissociável da liberdade inerente a cada pessoa humana, observando que a justiça tem como objeto os procedimentos e não os resultados. Rawls chama a atenção especial àqueles que são desprovidos de bens e posses desde o seu nascimento, tendo nascido em posição social menos favorável para que haja uma distribuição equitativa nos termos da cooperação social.
Para que sejam definidos os princípios morais, necessitamos saber o que é bom para nós e se é bom para a comunidade. A história de uma comunidade tem ligação mui íntima com o histórico de vida de cada indivíduo nela inserido que e, vez de somente pleitear seus direitos busca o bem comum.
Segundo as teorias de Jürgem Habermas, o que determina as questões éticas é o conteúdo que as partes num ato de decisão coletiva se tornem concordes, instituindo-se certas condições geradas com o alvo de afiançar que o direito e oportunidade no uso da palavra sejam iguais a todos, sem que haja alteração conseqüente de diferenças de poder e influência, relevando-se o mérito do hábito de ir ao fundo das questões.
Já a teoria de Cornelius Cartoriadis postula que a liberdade numa sociedade autônoma exprime-se pelo fato de que a execução de uma decisão depende da participação igualitária na tomada de decisão. Não há liberdade sem participação igualitária na tomada de decisão. A sociedade autônoma exige a compreensão da sociedade como um processo, como algo inacabado e aberto que está em permanente desconstrução e reconstrução
Polêmicas criadas pela relação do indivíduo com a comunidade apontam para um delineamento de um ponto comum entre o homem e comunidade uma vez que esta é composta daquele, que é seu produto. A individualidade de cada um é somada para a construção da identidade do todo.
O homem é visto como ator da história. A concepção do homem como Ser no mundo se aproxima da idéia do homem como ator na história, uma vez que uma das características da condição humana está localizada no espaço da ação.
Para a reconstrução da solidariedade é preciso cultivar o compromisso pelo qual as pessoas se obrigam umas às outras e cada uma delas a todas. Não se constrói democracia sem tolerância, uma vez que todos têm direitos que devem ser defendidos ainda que em meio de opiniões incompatíveis entre si.